sábado, agosto 02, 2008

Marcos Magalhães



Marcos Magalhães

Nascido em 1973 em Lisboa, Marcos Magalhães é diplomado pela
Escola Superior de Música de Lisboa e pelo Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, tendo obtido, nesta última instituição, primeiros prémios em cravo e em baixo-contínuo, em 1999.Iniciou o estudo do cravo com Cremilde Rosado Fernandes, aos dez anos de Idade. Para além de participar nos cursos da Academia de Música Antiga de Lisboa, com Ketil Haugsand, prosseguiu os seus estudos na Escola Superior de Música de Lisboa, até 1994, tendo ingressado, neste último ano, no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, onde estudou com Kenneth Gilbert, Christophe Rousset, Kenneth Weiss, Françoise Marmin e Pierre Hantaï, na qualidade de bolseiro do Governo Francês (de 1995 a 1998) e da Fundação Calouste Gulbenkian (de 1998 a 2000).Em 1997, integrou a Orquestra Barroca da União Europeia, que se apresentou em Espanha e na Republica da Irlanda, sob a direcção de Bob van Asperen. Tendo feito a sua estreia profissional, a solo, por convite do maestro José Atalaya, em 1994, Marcos Magalhães tem, desde então, desenvolvido intensa actividade de concertos, tanto em Portugal como no estrangeiro: com o Ensemble Barroco do Chiado, na Temporada Gulbenkian de Música e Dança; na «Festa da Música» do Centro Cultural de Belém; nos festivais de Espinho e Mafra; nos «Encontros com o Barroco» do Porto e no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém. Colaborou com os agrupamentos Orphée et Caetera e Les Folies Françaises, em concertos em Paris e Bratislava, no festival "les Baroquiales", em Nice, e no Festival dos Capuchos.Marcos Magalhães participou na produção das óperas: Platée de Rameau (com Gilles Ragon, Jennifer Smith e direcção de Harry Christophers) e As Bodas de Fígaro de Mozart, no Teatro da Trindade, com o maestro Fernando Fontes. Em Abril e Maio de 2001, tocou no festival «Raízes Ibéricas» a integral das Partitas de J. S. Bach. Integrou a Orquestra Gulbenkian, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e a Orquestra de Câmara Pedro Alvares Cabral.
Durante o ano de 2001, foi Professor-Acompanhador na EPABI (Covilhã). No domínio pedagógico, destacam-se as conferências "Introdução à música barroca Portuguesa", que proferiu na Bibliothèque Buffon e no
Instituto Camões em Paris, assim como dois estágios que orientou na Escola Superior de Música de Lisboa, respectivamente de afinação de cravos e de introdução ao baixo-contínuo.
Em 2002 participou, como pianista co-repetidor, no Atelier Lírico orientado pela professora Elena Dunitrescu-Nentwig. Em Fevereiro de 2003, orientou o Curso de Flauta de bisel e Cravo (com
Pedro Sousa Silva) no Conservatório Regional da Madeira.Recentemente, tocou com o Ensemble Barroco do Chiado, a convite da Fundação Oriente, na Índia (Nova Deli, Goa e Bangalore) e Sri Lanka (Colombo).
Desde Janeiro de 2004 é membro da Orquestra Metropolitana.



Rui Paiva


Rui Paiva

Nascido em 1961, Rui Paiva é licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e concluiu o Curso de Órgão do Conservatório Nacional de Lisboa sob a orientação do Prof. Joaquim Simões da Hora. Estudou também Baixo Contínuo com a Prof.ª Cremilde Rosado Fernandes.
Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1987/89), continuou os estudos de Órgão com a Prof.ª Montserrat Torrent no Conservatório Superior de Barcelona, e depois, sob a orientação do Prof. José Luis González Uriol, concluiu os Cursos Superiores de Cravo e de Órgão no Conservatório Superior de Zaragoza, com a máxima classificação e Prémio Extraordinário de Fim de Curso em Órgão.
O seu interesse pela música dos séculos XVI, XVII e XVIII levou-o a participar em várias edições da "Semana de Música Antiga Ibérica" (onde teve a oportunidade de contactar com músicos como Ton Koopman, Jordi Savall e Macário Santiago Kastner) e dos "Cursos Internacionais de Música Antiga de Daroca" (Espanha).
Tem colaborado como organista e cravista com diversos conjuntos instrumentais e vocais, entre os quais os Segréis de Lisboa, o Coro e Orquestra Gulbenkian, a orquestra barroca Capela Real e o grupo de música barroca La Caccia, de que é membro fundador.
Como solista ou em grupo, Rui Paiva tem-se apresentado em concertos no nosso país, bem como em Espanha, França, Bélgica, Itália, Holanda, Inglaterra, Croácia, Eslovénia, Polónia, E.U.A. e Brasil.
Realizou gravações de recitais para a Radiodifusão Portuguesa, Rádio Nacional de Espanha e RTV Slovenia, e diversas gravações discográficas de música portuguesa.
Rui Paiva é ainda professor de Órgão no Conservatório Nacional de Lisboa e director da Academia de Música de Santa Cecília de Lisboa.

Magdalena van Zeller


Magdalena van Zeller


Magdalena van Zeller formou-se no Conservatório Nacional em Piano, Órgão e Cravo, tendo posteriormente frequentado cursos de especialização em Espanha, Suiça, Bélgica e Inglaterra.
Dos prémios obtidos destacam-se o Prémio do “Conservatório de Lisboa”, o Prémio “Luiz Costa” do Porto e o prémio e Bolsa de Estudos “Raymond Russell” de Londres.
Ao longo da sua carreira Madalena van Zeller tem participado em concertos com diversas Orquestras e Ensembles Barrocos.
Das gravações para a Rádio destacam-se os recitais que efectuou em Duo com o violinista Vasco Barbosa.
O cravo hoje utilizado, do construtor francês Dominique Laperle, é uma cópia de Nicolas Dumont, do sec. XVIII, existente até à data no Château du Touret, em França.

Vasco Barbosa


Vasco Barbosa


Vasco Barbosa é filho do grande violinista Luís Barbosa. Com ele iniciou a sua aprendizagem musical.
Formado no Conservatório Nacional de Lisboa com as mais elevadas classificações, aperfeiçoou-se no estrangeiro na qualidade de Bolseiro do Instituto para a Alta Cultura e, depois, da Fundação Calouste Gulbenkian (Suiça, França e Estados Unidos). Apresentou-se pela primeira vez em público aos 7 anos e desde então tem participado em numerosos concertos em Portugal e no estrangeiro, com orquestra ou acompanhado de sua irmã Grazi Barbosa, em Espanha, Itália, Suiça, França, Áustria, Alemanha, Roménia, Grécia, Estados Unidos, África e Hong-Kong.
Foi sucessivamente concertino (violino-solista) da Orquestra Sinfónica da RDP (ex-Emissora Nacional) ,da Orquestra Clássica IMAVE, da Orquestra do Teatro Nacional de São Carlos e da Orquestra Sinfónica Portuguesa e da Orquestra Clássica Raízes Ibéricas.
Recebeu vários prémios e condecorações: Prémio Guilhermina Suggia, Óscar da Imprensa (1962), Prémio Moreira de Sá, Prémio da Secretaria de Estado da Cultura (1972), Prémio Almada (2002). Foi distinguido com a Ordem Militar de Santiago de Espada.
Vasco Barbosa, personalidade das mais prestigiadas entre os músicos portugueses, fundou um conjunto de câmara – Quarteto Atalaya – concretizando assim uma tradição familiar, de longa data, visto seu pai, Luís Barbosa, ter sido o fundador do histórico Quarteto de Cordas da Emissora Nacional.
Formou duo com a violinista Lígia Soares e com a pianista Maria Emília Leite Velho, com as quais se apresenta regularmente em recitais e concertos orquestrais.

Nella Maissa


NELLA MAISSA


Nascida em Turim. Nella Maissa é portuguesa pelo casamento.
Estudou piano com Bufaletti, Alfredo Casella e Vianna da Motta, e composição com Ferrari Trecate. É diplomada em piano pelos Conservatórios de Milão e Pesaro e licenciada em Direito pela Universidade de Parma.
Foi premiada no 1º Concurso para Jovens Concertistas em Roma, e obteve por unanimidade o 1º Prémio Vianna da Motta da Emissora Nacional de Lisboa. Em 1974 recebeu da imprensa um prémio especial pela sua obra de divulgação da música portuguesa. Além de concertos sinfónicos e recitais em Portugal e vários países da Europa, realizou várias digressões no Brasil e África do Sul. Deu importantes primeiras audições, entre as quais do “Ludus Tonalis” de Hindmith, “ dos “Prelúdios” de Frank Martin, de várias obras de Messiaen e dos concertos de Prokofiev, Bela Bartok, Hindmith, Dalla Piccola, Chostakovitch, Tansmann, Gershwin, Ruy Coelho, Armando José Fernandes, além da primeira audição moderna do 4º Concerto de Bomtempo.
Gravou vários discos de música portuguesa. Fez a gravação integral da obra pianística de Bomtempo. Realizou a gravação dos quatro concertos para piano deste mesmo autor, com a colaboração da Orquestra Sinfónica de Nurenberg. Recentemente gravou para a Philips um CD inserido na antologia “Cinco Séculos de Música Portuguesa” do Ministério da Educação.
Quando em 1987 foi convidada a dar em Washington um recital de música portuguesa, o crítico do “Washington Post” classificou a sua execução de esplêndida.
No dia 1 de Outubro de 1986 foi-lhe atribuída pela Secretaria de Estado da Cultura a Medalha de Mérito Cultural. No dia 10 de Junho de 1989 foi agraciada por Sua Excelência, O Senhor Presidente da República, sendo-lhe atribuído o grau de Comendador da Ordem Militar de Santiago de Espada.

Bruno Belthoise


Bruno Belthoise

Laureado da Fundação Laurent-Vibert em 1991 e 1992 conquistou o Prémio da Fundação de França em 1998. Obteve o Diploma Superior de Execução da Escola Normal de Música de Paris em 1989.
No panorama dos jovens intérpretes franceses, Bruno Belthoise é certamente aquele que realiza um percurso artístico dos mais originais. Tem sido convidado desde 1986 para participar em numerosos festivais, recitais e formações de música de câmara (Festival de Duras, Festival Musical de Marmende, Os Concertos de Vollore, Festival Internacional de la Vézére, salle Gaveau).
Este artista de talentos múltiplos é também autor, contador e gosta da cena em todas as suas formas. Em 1996, cria um espectáculo musical para o público jovem com o “Concert Impromptu”, quinteto de sopro, representado entre outros locais, na Opera Bastille e no Arsenal de Metz. Mais tarde grava a história de Babar de Francis Poulenc e O Carnaval dos Animais de Camille Sait Saens, numa versão inédita com o pianista Laurent Martin (Frémeaux & associes 1997).
A sua curiosidade natural levou-o a pôr o seu talento ao serviço dos compositores portugueses do séc. XX. Desde 1997, ele concebe e continua um programa de gravações para os discos Coriolan com o apoio do Ministério da Cultura, do Instituto Camões e da Fundação Gulbenkian. Tem dado a conhecer ao público compositores da história da música portuguesa como Francisco de Lacerda, Armando José Fernandes e Luiz Costa.

Jed Barahal


Jed Barahal


Concertista com mais de 25 anos de carreira, é mestre em música pela Yale University e licenciado pela Juilliard School de Nova York. Estudou com Harvey Shapiro, Lorne Munroe e Aldo Parisot, e frequentou master classes com Pierre Fournier, Paul Tortelier e Janos Starker.

Nas suas actuações em Portugal, Estados Unidos, Brasil e outros países, registam-se dezenas de concertos a solo com orquestra, para além de inúmeros recitais com piano, a solo, e de música de câmara nas mais variadas formações. Possui um extenso repertório que abrange todos os estilos, incluindo nas suas apresentações obras contemporâneas em 1ª audição.

Foi violoncelo solo da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (Brasil), Orquestra do Capitólio de Toulouse (França), e da Régie Sinfonia do Porto, entre outros.

Natural da Califórnia e residente em Portugal há mais de 10 anos, é professor da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto desde 1993, e membro da Oficina Musical do Porto desde 1996.


Jorge Moyano


Jorge Moyano
Nascido em 1951 iniciou os seus estudos musicais na Fundação Musical dos Amigos das Crianças. Em 1968 concluiu o Curso Superior de Piano no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, na classe da Profª Maria Cristina Lino Pimentel, tendo posteriormente frequentado vários cursos de aperfeiçoamento sob a orientação de mestres como Helena Moreira de Sá e Costa, Karl Engel, Claude Helfer, entre outros.
Entretanto em 1974 terminou o curso de Engenharia Civil, e somente em 1975, ano em que entrou para o Conservatório como professor de Piano, passou a dedicar-se exclusivamente à música.
Detentor de diversos prémios nacionais, exerce actualmente funções docentes na Escola Superior de Música de Lisboa, e mantém simultaneamente actividade como concertista.
Nessa qualidade podem referir-se as suas participações nas temporadas de concertos da Fundação Calouste Gulbenkian e do Centro Cultural de Belém e ainda em diversos festivais – Sintra, Algarve, Macau, Galiza, La Roque Anthéron, Raízes Ibéricas, entre muitos outros.
Tem actuado com variadas orquestras – Gulbenkian, Sinfónica Portuguesa, Nacional do Porto, Metropolitana de Lisboa, Sinfónica de Tóquio, Orquestra de Câmara da Comunidade Europeia, etc.– tendo-se ainda apresentado no estrangeiro, em países como Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Jugoslávia, Canadá, Tunísia.
Faz parte regularmente de júris de concursos nacionais, tendo igualmente integrado os júris dos concursos internacionais Vianna da Mota e Cidade do Porto.
Editou um CD com obras de Schumann.


José Atalaya


José Atalaya

Natural de Lisboa (1927), de ascendência portuguesa e espanhola. Compositor, chefe de orquestra e musicólogo, José Atalaya é nomeado (1975) Coordenador Artístico das Orquestras da RDP, ascende a Director Titular da Orquestra Sinfónica da RDP-Porto (1977), após ter fundado e dirigido, para o Ministério da Educação, RDP e RTP, a Orquestra Clássica IMAVE (1966-74). Foi ainda, para a EN, co-fundador do Programa 2 (hoje Antena 2 da RDP) , director da revista de música Semanário Musical, e de um novo gabinete de Música Portuguesa (1973), destinado a retomar a encomenda de obras aos autores nacionais, acção iniciada pelo Gabinete de Estudos Musicais da EN (1942-1952), entretanto extinto. Intervenção histórica que se consagrou no Festival de Música Portuguesa de Junho/Julho de 1956, ao incluir uma centena de obras recentemente compostas, partituras de cuja análise foi autor.
Para a Fundação Calouste , dirige e funda o Grupo Experimental de Ópera de Câmara. Para o Ministério da Cultura, dirige e funda, igualmente, a Orquestra CLÁSSICA do PORTO (hoje Orquestra Nacional ) a antologia discográfica CINCO SÉCULOS DE MÚSICA PORTUGUESA. A seguir (1999), em Fafe, para a autarquia local, funda e dirige a Academia de Música José Atalaya, da qual irradia a ORQUESTRA ATALAYA RAÍZES IBÉRICAS, destinada àquele festival de regiões. E que depressa alcança a Galiza. Numa centena de concertos anuais, faz parceria com o Festival de León.
Dirige outras concertos: para a RAI (Florença).E com a famosa PHILHARMONIA ORCHESTRA numa integral das sinfonias de Beethoven, realizada no Coliseu de Lisboa.
José Atalaya produz ainda, todos os anos, para a discográfica NUMÉRICA,a nova série GEOGRAFIA DA MÚSICA, apoiada pela Direcção Geral das Artes do Ministério da Cultura,com a qual acaba de iniciar (2007) a produção de CDs de feição inovadora. O autor pretende encerrar, com este ciclo, o seu projecto de âmbito nacional de divulgação da música, iniciado há meio século, em 1951, sempre apoiado por instituições estatais e privadas. São edições fonográficas de pendor pedagógico destinadas a universidades e escolas de música, Contêm mais de 60 faixas em cada CD, as quais, numa tecnologia interessada e inédita, permitem localizar os temas principais de cada obra, variantes e desenvolvimentos de forma acessível a melómanos.
Dirigiu entre outras, num programa Beethoven, a famosa Philharmonia Orchestra.
Esta actividade criativa e interpretativa de José Atalaya, é iniciada em 1947 com Luiz de Freitas Branco (em Itália com Pietro Grossi e Piero Bellugi ) concentra-se , desde 2002, na música de raiz informática, tendo para o efeito fundado, com Elisabeth Davis (Percussão) e António Feyo (Guitarra e Informática) ) o Ensemble Improviso 21. Através deste agrupamento, hoje alargado, pretende, todos os anos, no Festival Raízes Ibéricas ( “Música em Diálogo” desde há duas décadas, em concertos quinzenais do município de Oeiras) , desenvolver o seu próprio conceito de “Música Poliédrica” , iniciado com “Foz – Côa , Luz da Esperança “ Após ter introduzido a música electrónica na música portuguesa em Maio de 1968, com a histórica estreia de Variantes Rítmicas sobre quatro sons sinusoidais, no Circolo d´Incontro, reveladas em Florença –estreia ratificada em Lisboa (1982) na Sociedade Portuguesa de Autores.
Na qualidade de comunicador, escreveu para Diário de Notícias, Jornal de Notícias e O Primeiro de Janeiro. Produziu séries radiodifundidas e televisionadas da RDP e RTP. Foi autor da primeira emissão experimental televisiva - Setembro de 1956,tendo contudo declinado o convite para dirigir o departamento de música da RTP porque implicaria imediato e definitivo abandono da Emissora Nacional.
Representou Portugal nos primórdios da UNESCO e na Tribuna Internacional de Compositores da União Europeia de Radiodifusão.


É director artístico do festival Raízes Ibéricas e presidente da Associação Cultural José Atalaya.