sábado, agosto 02, 2008

José Atalaya


José Atalaya

Natural de Lisboa (1927), de ascendência portuguesa e espanhola. Compositor, chefe de orquestra e musicólogo, José Atalaya é nomeado (1975) Coordenador Artístico das Orquestras da RDP, ascende a Director Titular da Orquestra Sinfónica da RDP-Porto (1977), após ter fundado e dirigido, para o Ministério da Educação, RDP e RTP, a Orquestra Clássica IMAVE (1966-74). Foi ainda, para a EN, co-fundador do Programa 2 (hoje Antena 2 da RDP) , director da revista de música Semanário Musical, e de um novo gabinete de Música Portuguesa (1973), destinado a retomar a encomenda de obras aos autores nacionais, acção iniciada pelo Gabinete de Estudos Musicais da EN (1942-1952), entretanto extinto. Intervenção histórica que se consagrou no Festival de Música Portuguesa de Junho/Julho de 1956, ao incluir uma centena de obras recentemente compostas, partituras de cuja análise foi autor.
Para a Fundação Calouste , dirige e funda o Grupo Experimental de Ópera de Câmara. Para o Ministério da Cultura, dirige e funda, igualmente, a Orquestra CLÁSSICA do PORTO (hoje Orquestra Nacional ) a antologia discográfica CINCO SÉCULOS DE MÚSICA PORTUGUESA. A seguir (1999), em Fafe, para a autarquia local, funda e dirige a Academia de Música José Atalaya, da qual irradia a ORQUESTRA ATALAYA RAÍZES IBÉRICAS, destinada àquele festival de regiões. E que depressa alcança a Galiza. Numa centena de concertos anuais, faz parceria com o Festival de León.
Dirige outras concertos: para a RAI (Florença).E com a famosa PHILHARMONIA ORCHESTRA numa integral das sinfonias de Beethoven, realizada no Coliseu de Lisboa.
José Atalaya produz ainda, todos os anos, para a discográfica NUMÉRICA,a nova série GEOGRAFIA DA MÚSICA, apoiada pela Direcção Geral das Artes do Ministério da Cultura,com a qual acaba de iniciar (2007) a produção de CDs de feição inovadora. O autor pretende encerrar, com este ciclo, o seu projecto de âmbito nacional de divulgação da música, iniciado há meio século, em 1951, sempre apoiado por instituições estatais e privadas. São edições fonográficas de pendor pedagógico destinadas a universidades e escolas de música, Contêm mais de 60 faixas em cada CD, as quais, numa tecnologia interessada e inédita, permitem localizar os temas principais de cada obra, variantes e desenvolvimentos de forma acessível a melómanos.
Dirigiu entre outras, num programa Beethoven, a famosa Philharmonia Orchestra.
Esta actividade criativa e interpretativa de José Atalaya, é iniciada em 1947 com Luiz de Freitas Branco (em Itália com Pietro Grossi e Piero Bellugi ) concentra-se , desde 2002, na música de raiz informática, tendo para o efeito fundado, com Elisabeth Davis (Percussão) e António Feyo (Guitarra e Informática) ) o Ensemble Improviso 21. Através deste agrupamento, hoje alargado, pretende, todos os anos, no Festival Raízes Ibéricas ( “Música em Diálogo” desde há duas décadas, em concertos quinzenais do município de Oeiras) , desenvolver o seu próprio conceito de “Música Poliédrica” , iniciado com “Foz – Côa , Luz da Esperança “ Após ter introduzido a música electrónica na música portuguesa em Maio de 1968, com a histórica estreia de Variantes Rítmicas sobre quatro sons sinusoidais, no Circolo d´Incontro, reveladas em Florença –estreia ratificada em Lisboa (1982) na Sociedade Portuguesa de Autores.
Na qualidade de comunicador, escreveu para Diário de Notícias, Jornal de Notícias e O Primeiro de Janeiro. Produziu séries radiodifundidas e televisionadas da RDP e RTP. Foi autor da primeira emissão experimental televisiva - Setembro de 1956,tendo contudo declinado o convite para dirigir o departamento de música da RTP porque implicaria imediato e definitivo abandono da Emissora Nacional.
Representou Portugal nos primórdios da UNESCO e na Tribuna Internacional de Compositores da União Europeia de Radiodifusão.


É director artístico do festival Raízes Ibéricas e presidente da Associação Cultural José Atalaya.